segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

MESTRE CEARA NA EUROPA


terça-feira, 15 de setembro de 2009

CIA CAPOEIRA VOLTA AO MUNDO- MESTRE CEARA E OS INSTRUTORES TERREMOTO E CHICO PARANA REALIZARAM EM GUARAPUAVA-PR A 1 JORNADA PARANAENSE DE CAPOEIRA






















ACONTECEU NOS DIAS 04 E 05 DE SETEMBRO 2009 A PRIMEIRA JORNADA PARANAENSE DE CAPOEIRA, NA CIDADE DE GUARAPUAVA E NO DIA 06 NA CIDADE DO TURVO FOI PROMOVIDO UM AULAO E UMA GRANDE RODA DE CAPOEIRA COM OS CONVIDADOS PRESENTE VINDO DOS ESTADOS DE SANTA CATARINA, MINAS GERAIS, CEARA E PARANA. A REALIZAÇAO FOI DA CIA CAPOEIRA VOLTA AO MUNDO, SUPERVISAO DO MESTRE CEARA E CORDENAÇAO DOS INSTRUTORES TERREMOT E CHICO PARANA.
A PROGRAMAÇAO DA SEXTA, DIA 04, CONTOU COM CURSO DE RECREAÇAO INFANTIL, PRIMEIROS SOCORROS E CAPOEIRA CAPOEIRA REAGIONAL MINISTRADO PARA CAPOEIRISTAS NA FACULDADE GUARACA.
DURANTE A MANHA DE SABADO, DIA 05, ALEM DO CURSO DE CAPOEIRA FUDAMENTO DO JOGO, OS PARTICIPANTE SE REUNIRAM EM UMA RODA DE RUA, NO CALÇADAO DA RUA 15 DE NOVEMBRO.
A TARDE ACONTECEU O BATIZADO, TROCA DE CORDA E FORMATURA NO AUDITORIO FRANCISCO CONTINI, NA UNICENTRO.
O EVENTO CONTOU COM A PRESENÇAS DO MESTRE CEARA DA CIDADE DE FORTALEZA-CE, MESTRE GILMAR DA CIDADE DE VARGINHA-MG, CONTRA MESTRE CORINGA DA CIDADE DE GUARANIAÇU E INSTRUTORES VINDO DE DIVERSAS PARTE DO BRASIL.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

MESTRE CEARÁ E EQUIPE CIA CAPOEIRA VOLTA AO MUNDO EM GUARAPUAVA-PR


VISITA DO MESTRE CEARÁ E INTEGRANTE DO CIA CAPOEIRA VOLTA AO MUNDO DO ESTADOS DO CEARÁ E PARÁ


PROJETO CAPOEIRA NA ESCOLA NA CIDADE DE GUARAPUAVA-PR


MESTRE CEARÁ E INTEGRANTES DA CIA CAPOEIRA VOLTA AO MUNDO PARABENIZA O PROFESSOR CHICO PARANÁ PELO BELO TRABALHO QUE VEM REALIZANDO NAS CIDADES PARANAENCE

MESTRE CEARÁ NO JARDIM BOTÂNICO


MESTRE CEARÁ REPRSENTANDO A CIA CAPOEIRA VOLTA AO MUNDO EM CURITIBA CAPITAL PARANAENCE

segunda-feira, 15 de junho de 2009

sexta-feira, 12 de junho de 2009

terça-feira, 9 de junho de 2009

segunda-feira, 8 de junho de 2009

HISTÓRIA DA CAPOEIRA E O PROJETO CAPOEIRA NA ESCOLA


Intrínseca com a história de nosso país, a capoeira, filha brasileira de pais africanos, surgiu como luta do negro cativo e desarmado em busca de sua liberdade.Estes, para não serem proibidos de praticar, a camuflavam com instrumentos musicais e palmas, realizando movimentos que, aos olhos dos senhores, nada mais eram do que a vadiação dos Angolanos, a brincadeira de Angola.Com o "fim" da escravidão e a implantação da República, a capoeira passa a ser utilizada como forma de conseguir sustento pelos ex-cativos, que agora estavam sem dinheiro, emprego e moradia, ocupando as margens das cidades. Campo fértil para o surgimento das maltas, agrupamento de capoeiristas que tinham como principal atividade desbancar concorrentes do político contratante de seus serviços, valendo-se de arruaças violentíssimas em comícios.Assim, até 1930, a capoeira foi proibida, tendo em Manoel dos Reis Machado, o Mestre Bimba, a chave para a legalidade ocorrida com a apresentação realizada para o então Presidente Getúlio Vargas que passou a denominá-la como o genuíno esporte nacional. Dai por diante, a capoeira ganhou o mundo e hoje é praticada em diversos paises como recurso educacional, esporte, luta, jogo, folclore, etc.

1998, propõe a promoção do ensino da capoeira como forma de integração entre a comunidade e a escola, através de estudos, pesquisas e outras atividades que visem a interdisciplinaridade e interinstitucionalidade através da prática da capoeira, denominados Projeto Capoeira na Escola, e dá outras providências.A CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL decreta: Art. 1º Cabe ao Poder Público do Distrito Federal, por intermédio dos órgãos e das entidades integrantes da rede pública de ensino local, promover o ensino da capoeira por meio da realização coordenada de pesquisas e estudos relacionados à formação da cidadania e o resgate da cultura brasileira, os quais comporão conjunto de ações denominado Projeto Capoeira na Escola.§ 1º O Projeto Capoeira na Escola visa:I organizar base de dados relativa à qualidade na formação da cidadania;II proporcionar aos alunos das redes pública e privada de ensino acesso a dados e informações necessários à determinação da importância da capoeira como fator de integração da comunidade com a escola promovendo a análise crítica dos impactos causados, tanto pela discriminação do praticante da capoeira, como pela oportunidade de se trabalhar por uma educação integral do ser humano;III analisar e qualificar as condições de utilização da capoeira como fator de integração social e desenvolvimento da consciência do cidadão;IV identificar causas de degradação da qualidade na educação e importância da possibilidade da escola oferecer alternativas para o desenvolvimento de atividades nos diferentes períodos de estudo;V disseminar os conhecimentos sobre a arte da capoeira e da distribuição periódica de material didático produzido pela rede pública de ensino do Distrito Federal, com o apoio de parcerias;VI conferir tratamento multidisciplinar e multi-institucional ao tema relativo ao uso e manejo de recursos didático pedagógicos;VII incentivar os alunos a realizarem pesquisas de campo, proporcionando-lhes o conhecimento da metodologia de pesquisa pertinente.§ 2º Os planos de ensino, ou instrumentos equivalentes, definirão a forma de execução do Projeto Capoeira na Escola, inclusive quanto à participação de alunos, professores e servidores das redes pública e privada, bem como de segmentos da comunidade.§ 3º A consecução dos objetivos previstos neste artigo terá a exclusiva finalidade de promover a educação integral, sem prejuízo de outras ações e iniciativas, a cargo do Poder Público, relacionadas à promoção do mesmo fim.Art. 2º A produção de material didático, com o fim de disseminação dos conhecimentos gerados no curso da execução do Projeto Capoeira na Escola, será compatibilizada com o conteúdo das disciplinas integrantes dos currículos escolares de todos os níveis de ensino.§ 1º O disposto no caput deste artigo aplica-se, no que couber, à definição da forma de participação dos alunos, professores e servidores das redes pública e privada de ensino, bem como segmentos da comunidade, nas atividades de pesquisa de campo. § 2º O material didático de que trata o caput deste artigo será distribuído aos alunos da rede pública de ensino gratuitamente ou mediante a cobrança de preços fixados de modo a permitir a recuperação, total ou parcial, dos custos de sua produção.§ 3º Faculta-se, ainda, a comercialização do material didático ao público, desde que os preços cobrados sejam iguais ou superiores aos referidos no parágrafo anterior.§ 4º As receitas decorrentes do disposto nos §§ 2º e 3º serão consideradas, para todos os efeitos, diretamente arrecadadas pela entidade responsável pelo sistema público de ensino do Distrito Federal, destinando-se à realização de despesas resultantes da execução do Projeto Capoeira na Escola.Art. 3º A coordenação dos trabalhos decorrentes da execução do Projeto Capoeira na Escola ficará a cargo do Centro Educacional Asa Norte, sob a supervisão da entidade responsável pelo sistema público de ensino do Distrito Federal.§ 1º Os trabalhos de execução serão realizados diretamente pelos estabelecimentos de ensino participantes do Projeto Capoeira na Escola, com o apoio de parcerias, observado o disposto no caput deste artigo.§ 2º Os equipamentos necessários à execução do Projeto Capoeira na Escola ficarão sob a responsabilidade do estabelecimento de ensino referido no caput deste artigo, ao qual caberá disciplinar o seu uso.Art. 4º As despesas decorrentes das disposições contidas nesta Lei correrão à conta de dotações consignadas no orçamento público do Distrito Federal.Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 6º Revogam-se as disposições em contrário.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

ORIGEM DA CAPOEIRA


Capoeira
Existem várias histórias e lendas sobre a origem da Capoeira, mas nenhuma delas tem a documentação necessária para sua confirmação, pois logo após Proclamação da República no governo de Deodoro da Fonseca, todos os documentos referentes a escravidão no Brasil foram destruídos com a desculpa dos republicanos de que queriam apagar essa vergonha da história do Brasil.
Com início da colonização, os portugueses viram no trabalho escravo um instrumento para o desenvolvimento desejado por eles. Tentaram, no começo, escravizar e explorar o trabalho dos indígenas que aqui já viviam, mas as características físicas e culturais, somadas à resistência ao trabalho cativo por parte dos índios, acabou não dando o resultado esperado, e a saída encontrada pelos colonizadores foi a escravidão negra, o tráfico de homens negros, trazidos do continente africano para o início de grande saga que marcou a sociedade brasileira. Ao iniciar-se o tráfico de escravos para a América, dos negros aprisionados na África das mais variadas raças que eram trazidos e vendidos para o trabalho forçado em regime de completa escravidão, e entre elas encontramos os Gêges, Nagôs e Hauras, que se confundem com os bantu, procedentes em sua maior parte de Angola, do Congo, de Benguela, de Cambinda, de Mossamedes que foram trazidos contra sua vontade mas, naturalmente, trouxeram sua cultura, sua vivência e, com ela, a semente da liberdade que nunca morreu, mesmo na terra marcada pelos horrores da escravidão. E que chegavam no Brasil atraves dos três maiores centros de importação da mercadoria negra: Recife, Salvador e Rio de Janeiro e eram destribuidos atraves das lavoura, aos encargos domésticos dos senhores brancos e ao trabalho nas minas, e para tornar o negro escravo os escravistas suprimiam sua cultura, sua alma e torturavam. pois somente se interessavam pelo corpo e sua força de trabalho. porém esta situação desumana a que foi submetido o negro, não foi suficiente para suprimir sua condição de ser inteiro, de corpo e alma. É essa cultura era guardada no corpo, na mente, na vivência histórica do povo e transmitida há séculos através das gerações e que se manifestava-se por intermédio da música, da dança, da comida, da filosofia e da religião, e como o negro nunca deixou de praticar sua cultura, era comum, durante o período da escravidão, que se juntassem grupos de homens e mulheres para a cantoria, para a dança e mesmo para o culto aos orixás que também são saudados com ritmos e cantos.
E neste período e que nasce a capoeira, e segundo alguns autores, criada pelos escravos do grupo Bantú-Angoleses e Gongoleses, e nasceu conjugado aos movimentos de danças, os encontros festivos ou místicos e passaram também a ser mais uma oportunidade para a sua prática.
Já que esses encontros, principalmente os festivos, não eram reprimidos pelos donos de escravos, assim a Capoeira ganhou o acompanhamento de cantos e ritmos que acabaram incorporados eram os disponíveis e já conhecidos pelo negro com destaque para o berimbau, o atabaque e o agogô.
Mas foi o berimbau que ficou como uma espécie de símbolo da Capoeira, desta forma, o berimbau e considerado o mestre dos mestres na Capoeira, ganhou importância nas lutas pelas suas possibilidades rítmicas e sonoras, ganhou a função de comandar o jogo da capoeira com seus diferentes toques. Então, ao som dos instrumentos, palmas e cantorias, o negro recriava o seu universo cultural, cultivava o seu misticismo, alegrava-se ou lamentava-se e ainda se preparava para a luta, e no momento em que os feitores e capatazes passavam ao lado da festança eles acreditavam ser apenas um encontro para a "dança de Angola", que recebia esse nome em função da nação africana que mais cedeu negros para o tráfico de escravos. E no momento em que eles se afastavam, os negros intensificava-se o treinamento e aparelhava-se cada vez mais para lutar, mesmo que um feitor parasse e ficasse admirando a dança, dificilmente compreenderia que aqueles movimentos, executados com leveza dos felinos e com a plástica de um bailarino, pudesse trazer, no seu conjunto, poderosos golpes desequilibrantes, traumatizantes e rápidos, e como nenhum povo vive eternamente sob o jogo da escravidão sem se revoltar, com o negro no Brasil não foi diferente, pois suas primeiras reações contra o cativeiro foram as fugas e as revoltas individuais e desorganizadas.
Com o tempo, sentiu a necessidade de organizar sua resistência contra o opressor e passou a planejar as fugas e a pensar as formas de luta que travaria para se libertar e para isto utilizaram a capeira, e é de aceitação geral a hipótese do jogo de agilidade corporal ter sido o instrumento utilizado pelos escravos fugitivos na defesa contra seus perseguidores, representados pela figura do capitão do mato.
E foi no mato que se travava a luta decisiva, e foi desse tipo de mato - a capoeira - onde os negros buscavam refúgio e ofereciam resistência aos perseguidores, que surgiu também a polêmica que por longo tempo consumiu em debates intermináveis inúmeros intelectuais que defenderam a teorias quanto à origem da expressão capoeira estabelecida na língua tupy como aquela de onde procederia a vernaculização: caá-puêra (caá = mato; puêra = que já foi) resultaria nos brasileirismos capuíra, capoêra e capoeira.

A capoeira é uma expressão cultural que mistura esporte, luta, dança, cultura popular, música e brincadeira.
Desenvolvida por escravos africanos trazidos ao Brasil e seus descendentes, é caracterizada por movimentos ágeis e complicados, feitos com frequência junto ao chão ou de cabeça para baixo, tendo por vezes uma forte componente ginástico-acrobático. Uma característica que a distingue de outras lutas é o fato de ser acompanhada por música.
A palavra capoeira tem alguns significados, um dos quais refere-se às áreas de mata rasteira do interior do Brasil. Foi sugerido que a capoeira obteve o nome a partir dos locais que cercavam as grandes propriedades rurais de base escravocrata.
História
Durante o século XVI, Portugal enviou escravos para a América do Sul, provenientes da África Ocidental. O Brasil foi o maior receptor da migração de escravos, com 42% de todos os escravos enviados através do Atlântico. Os seguintes povos foram os que mais frequentemente eram vendidos no Brasil: grupo sudanês, composto principalmente pelos povos Iorubá e Daomé, o grupo guineo-sudanês dos povos Malesi e Hausa, e o grupo banto (incluindo os kongos, os Kimbundos e os Kasanjes) de Angola, Congo e Moçambique.
Os negros trouxeram consigo para o Novo Mundo as suas tradições culturais e religião. A homogeneização dos povos africanos sob a opressão da escravatura foi o catalisador da capoeira. A capoeira foi desenvolvida pelos escravos do Brasil como forma de resistir aos seus opressores, praticar em segredo a sua arte, transmitir a sua cultura e melhorar a sua moral. Há registros da prática da capoeira nos séculos XVIII e XIX nas cidades do Rio de Janeiro, Recife e Salvador, porém durante anos a capoeira foi considerada subversiva, sua prática era proibida e duramente reprimida.
Jogar Capoeira ou Danse de la guerre de Johann Moritz Rugendas, 1835
Devido a essa repressão, a capoeira praticamente se extinguiu no Rio de Janeiro, onde os grupos de capoeristas eram conhecidos como maltas, e em Recife, onde segundo alguns a capoeira deu origem à dança do frevo, conhecida como o passo. Em 1932, Mestre Bimba fundou a primeira academia de capoeira do Brasil em Salvador. Mestre Bimba acrescentou movimentos de artes marciais e desenvolveu um treinamento sistemático para a capoeira, estilo que passou a ser conhecido como Regional.
Em contraponto, Mestre Pastinha pregava a tradição da capoeira com um jogo matreiro, de disfarce e ludibriação, estilo que passou a ser conhecido como Angola. Da rivalidade desses dois grandes mestres, a capoeira deixou de ser marginalizada, e se espalhou da Bahia para todos os estados brasileiros.
Capoeiristas históricos
Zumbi dos Palmares Besouro Mangangá Nascimento Grande Manduca da Praia Major Miguel Nunes Vidigal
Graduação
O sistema de graduação varia de grupo para grupo. Nos grupos de capoeira regional ou de capoeira angola e regional, a graduação é normalmente representada pelas cores de cordas ou cordéis amarrados na cintura do jogador.
Existem várias entidades(Ligas, Federações e Confedereções) que tentam organizar a graduação na capoeira. Atualmente a Confederação Brasileira de Capoeira adota o sistema de graduação feito por cordões e seguindo as cores da bandeira brasileira. Temos então a seguinte ordem do iniciante ao mestre: Verde, Amarelo, Azul, Verde-Amarelo, Verde-Azul, Amarelo-Azul, Verde-Amarelo-Azul, Branco-Verde, Branco-Amarelo, Branco-Azul e Branco.
Música
A música é um componente fundamental da capoeira. Ela determina o ritmo e o estilo do jogo que é jogado durante a roda de capoeira. A música é composta de instrumentos e de canções, podendo o ritmo variar de acordo com o Toque de Capoeira de bem lento (Angola) a bastante acelerado (Sao Bento Grande). Muitas canções são na forma de pequenas estrofes intercaladas por um refrão, enquanto outras vêm na forma de longas narrativas (ladainhas).
As canções de capoeira têm assuntos dos mais variados. Algumas canções são sobre histórias de capoeiristas famosos, outras podem falar do cotidiano de uma lavadeira. Algumas canções são sobre o que está acontecendo na roda de capoeira, outras sobre a vida ou um amor perdido, e outras ainda são alegres e falam de coisas tolas, cantadas apenas para se divertir. Os capoeiristas mudam o estilo das canções frequentemente de acordo com o ritmo do berimbau. Desta maneira, é na verdade a música que comanda a capoeira, e não só no ritmo mas também no conteúdo.
O toque Cavalaria era usado para avisar os integrantes da roda que a polícia estava chegando; por sua vez, a letra é constatemente usada para passar mensagens para um dos capoeiristas, na maioria das vezes de maneira velada e sutil.
Os instrumentos são tocados numa linha chamada bateria. O principal instrumento é o berimbau, que é feito de um bastão de madeira envergado por um cabo de aço em forma de arco e uma cabaça usada como caixa de reverberação. O berimbau varia de afinação, podendo ser o berra boi (mais grave), viola (médio) e violinha (mais agudo). Os outros instrumentos são: pandeiro, atabaque, caxixi e com menos freqüência o ganzua e o agogô.
Os berimbaus que regem a capoeira
Toques de Capoeira
Berimbaus
Os diferentes ritmos utilizados na capoeira, como tocados no berimbau, são conhecidos como toques; estes são alguns dos toques mais comumente utilizados:
Angola São Bento Grande de Bimba São Bento Grande de Angola São Bento Grande São Bento Pequeno Iúna Cavalaria Samango Santa Maria Benguela Amazonas Idalina Regional de Bimba
A dança na Capoeira Cultura Folclore
O batuque, maculelê, puxada de rede e samba de roda são danças (manifestações culturais) fortemente ligadas à capoeira
Roda de Capoeira
A Roda de Capoeira é um círculo de pessoas onde é jogada a capoeira.
Os capoeiristas se perfilam na roda de capoeira batendo palma no ritmo do berimbau e cantando a música enquanto dois capoeiristas jogam capoeira. O jogo entre dois capoeiristas pode terminar ao comando do capoeirista no berimbau (normalmente um capoeirista mais experiente) ou quando algum capoeirista da roda entra entre os dois e inicia um novo jogo com um deles.
O tamanho da roda pode variar de um diâmetro de três metros até diâmetros superiores a dez etros, ao mesmo tempo que pode ter meia dúzia de capoeristas até mais de uma centena deles.
O jogo normalmente se inicia ao pé dos berimbaus. A roda de capoeira pode se realizar em praticamente qualquer lugar, em ambientes fechados ou abertos, sobre o cimento, a terra, a areia, o asfalto, na rua, numa praça, num descampado ou em uma academia.
Para que a roda seja realizada precisamos de uma orquestra de instrumentos. A orquestra dos grupos de angola é normalmente configurada assim: ao centro da orquestra um berimbau berra-boi ou gunga (com a maior cabaça) que faz o som grave, do lado direito um berimbau gunga ou médio (com a cabaça média) que faz um som intermediário, do lado esquerdo um berimbau viola (com a cabaça menor) que faz o som agudo. Ao lado do gunga vão por ordem o atabaque, um pandeiro e um agogô, já ao lado do viola vão: mais um pandeiro e um reco-reco (intrumento comumente feito do bambu).
A roda de capoeira é um microcosmo que reflete o macrocosmo da vida e o mundo que nos cerca. Vários elementos permeiam nossas relações com o mundo e no Jogo de Capoeira estes elementos aparecem de maneira intensa. Respeito, malicia, maldade, responsabilidade, provocação, disputa, liberdade, brincadeira, e poder, entre outros, estão presentes em maior ou menor intensidade durante um jogo, e não há um jogo igual ao outro, mesmo com um mesmo oponente.
Em geral a capoeira não busca destruir o oponente, porém contusões devido a combates mais agressivos não são raras. Entretanto, de maneira geral o capoerista prefere mostrar sua superioridade "marcando" o golpe no oponente sem no entanto completá-lo. Se o seu oponente não pode evitar um ataque lento, não existe razão para utilizar um golpe mais rápido.
A ginga é o movimento básico da capoeira, é um movimento de pernas no ritmo do toque que lembra uma dança, porém capoeristas experientes raramente ficam gingando pois estão constantemente atacando, defendendo, e "floreando" (movimentos acrobáticos). Além da ginga são muito comuns os chutes em rotação, rasteiras, golpes com as mãos, cabeçadas (com o objetivo principal de desequilibrar), esquivas, saltos, mortais, giros apoiados nas mãos e na cabeça, movimentos acrobáticos e de grande elasticidade e movimentos próximos ao solo.
O jogo de capoeira pode durar de poucos segundos, quando há muitos capoeiristas se revezando dentro da roda, até alguns minutos. Combates longos assim são comuns quando dois capoeiristas resolvem confrontar suas habilidades ao máximo, ou mesmo quando os dois resolvem suas diferenças na roda. Em embates longos é comum a volta ao mundo, que é quando um dos capoeiristas solicita uma pausa no jogo dando algumas voltas na roda com o openente o seguindo. Depois duas a três voltas os dois saem ao pé do berimbau para continuar o jogo.
Cada toque requer uma forma diferente de jogar capoeira, a capoeira Angola pede um jogo mais lento perto do solo e com mais "mandinga" (matreiro, sutil, dissimulado), São Bento Grande de Bimba um jogo rápido e de muito chutes em rotação, Iúna um jogo com muitos floreios (movimentos acrobáticos) e assim por diante.
Estilos de Capoeira
Existem muitos tipos de capoeira. Os dois principais são a capoeira Angola, e a Capoeira Regional. Mesmo existindo grupos de capoeira com apenas um estilo, a maioria dos grupos tenta a misturá-lo de alguma maneira.
Angola
A Angola é o estilo mais próximo de como os escravos jogavam a Capoeira. Caracterizada por ser mais lenta, movimentos furtivos executados perto do solo, ela enfatiza as tradições da Capoeira, sua música é lenta e quase sempre está acompanhada por uma bateria completa de instrumentos.
A designação "Angola" aparece com os negros que vinham para o Brasil oriundos da África, embarcados no Porto de Luanda que, independente de sua origem, eram designados na chegada ao Brasil de "Negros de Angola", vide ABC da Capoeira Angola escrito pelo Mestre Noronha quando ele cita o Centro de Capoeira Angola Conceição da Praia, criado pela nata da capoeiragem baiana no início dos anos 1920. Mestre Pastinha foi o grande ícone do estilo. Grande defensor da preservação da Capoeira Angola, inaugurou em 23 de fevereiro de 1941 o Centro Esportivo de Capoeira Angola. Dos ensinamentos do Mestre Pastinha foram formados grandes mestres da capoeiragem Angola, a exemplo dos Mestres: João Pequeno, João Grande, Valdomiro Malvadeza, Albertino da Hora, Raimundo Natividade, Gaguinho Moreno, 45, Pessoa Bá-Bá-Bá, Trovoada, Bola Sete, dentre outros que continuam transmitindo seus conhecimentos para os novos angoleiros.
É comum a primeira vista ver o jogo de Angola como não perigoso ou não elaborado, contudo o jogo Angola se assemelha ao xadrez pela complexidade dos elementos envolvidos. Por não ter uma sistemática estruturada de aprendizado como a Regional, seu domínio é muito mais complicado, envolvendo não só a parte mecânica do jogo mas também caracteristicas como sutileza, o subterfúgio, a dissimulação ou mesmo a brincadeira para superar o oponente. Um jogo de Angola pode ser tão ou mais perigoso do que um jogo de Regional.
Regional
A Regional é mais recente, com elementos fortes de artes-marciais em seu jogo. A Regional foi criada por Mestre Bimba e tornou-se rapidamente popular, levando a Capoeira ao grande público e mudando a imagem do capoeirista tido no Brasil até então como um marginal. Seu jogo é mais rápido, acrobático e atlético. Entre os movimentos mais característicos estão os saltos, acrobacias (conhecidas na capoeira como floreio), chute em rotação, mas também há rasteiras, cabeçadas e movimentos perto do solo. Em toques rápidos como São Bento Grande de Bimba os golpes são desferidos em grande velocidade e frequência, o que pode tornar o jogo perigoso porém extremamente belo.
Ambos os estilos são marcados pelo uso de dissimulação e subterfúgio - a famosa mandinga - e são bastante ativos no chão, sendo frequentes as rasteiras, pontapés, chapas e cabeçadas.
Golpes e movimentos de capoeira
Embora os nomes dos golpes de capoeira variem de grupo para grupo, alguns dos principais são:
Armada Au Baiana Banda Benção Cabeçada Chapa Galopante Macaco Martelo Martelo Cruzado Meia-lua Meia-lua de base Meia-lua de compasso Meia-lua de frente Pisão Ponteira Queixada Rabo-de-arraia Rasteira
Brincadeira de negro
Até o século XIX os "batuques" de negros eram estimulados por serem válvulas de escape e acentuarem as diferenças entre as diversas nações africanas. A partir de 1814, começam a ser perseguidos - "brincadeira de negro" torna-se fato social perigoso de acordo com textos legais.
Boçal
No período de 1810-1830 era comum evitar uma maioria de escravos da mesma etnia numa mesma senzala. Os negros perdiam a liberdade, a língua natal, os costumes e até a identidade, misturados a africanos de outros povos. Até esse período seria bastante difícil ocorrer a mistura que daria origem à Capoeira - tendo em vista o antagonismo entre as etnias.
A partir daí, no entanto, a comunidade branca começa a incentivar as diferenças entre o "boçal"(o africano, ou aquele que recusava a integração. Não falava ainda o português) em oposição ao "ladino" (escravo integrado. Já falava português) e "crioulo" (negro ou mulato nascido no Brasil), favorecendo estes últimos com trabalhos mais brandos, perspectiva de ascenção social etc.
A comunidade negra, no entanto, muitas vezes valorizava o "boçal" em detrimento do "crioulo" ou "ladino", ainda que estes últimos fossem mais ricos - a africanidade("boçalidade", palavra que adquiriu sentido pejorativo) era garantia de manutenção de valores tradicionais. Paralelamente, as rivalidades tribais perdem quase totalmente o significado, o que facilitará a síntese lutas/danças.
Rabo-de-arraia
Jair Moura explica que o rabo-de-arraia tradicional era um golpe em que, de frente para o adversário, planta-se uma bananeira, ficando-se então de cabeça para baixo e de costas para o oponente, e imediatamente atinge-se a cabeça do inimigo com uma violenta pancada dada com o calcanhar de um ou de ambos os pés.
Uniforme dos angoleiros
Mestre Pastinha instituiu o uniforme dos angoleiros com as cores do seu time de coração, o Ypiranga, de Salvador. Para ele o capoeira devia jogar calçado.
Uniforme dos capoeiras da Regional
Mestre Bimba aboliu os sapatos no treino e instituiu o uniforme branco baseado no costume da domingueira, a roupa elegante que o capoeirista vestia e que permanecia limpa mesmo depois do jogo, provando sua competência.
Descriminalização da Capoeira
Depois de ver uma exibição de Capoeira no Rio de Janeiro, em 1937, o presidente Getúlio Vargas descriminalizou-a e decretou ser aquele o "esporte autenticamente brasileiro". Até então, os capoeiristas podiam pegar de dois meses a três anos de prisão, com pena de deportação no caso de estrangeiros.
A inserção do berimbau na Capoeira
Antigamente não havia música de fundo na Capoeira. No máximo, quem estava por perto marcava o ritmo com um tambor. Em seu fabuloso levantamento publicado em 1834, "Viagem Pitoresca e histórica ao Brasil", Jean Baptist Debret deixou claro que os tocadores de berimbau tinham a intenção de chamar a atenção dos fregueses para o comércio dos ambulantes.
Um certo Henry Koster (inglês, que se radicou em Pernambuco, virou senhor de engenho e passou a ser chamado de Henrique Costa) escreveu em suas anotações de 1816 que de vez em quando, os escravos pediam licença para dançar em frente à senzala e se divertiam ao som de objetos rudes. Um deles era o atabaque.
O outro, "um grande arco com uma corda, tendo uma meia quenga de coco no meio ou uma pequena cabaça, amarrada". Era um instrumento de percussão trazido da África, mas de origem grega, acredite se quiser o berimbau é de origem grega. A palavra vem do quimbundo.
Segundo o folclorista Édison Carneiro, foi no século XX, e na Bahia, que o instrumento se incorporou ao jogo da Capoeira, para marcar o ritmo dos praticantes. O que define um jogo rápido ou lento é o toque.
Capoeiras e políticos
Os capoeiristas eram contratados pelos políticos para bagunçar no dia das eleições. Enquanto as pessoas desviavam a atenção para a confusão dos capoeiras um indivíduo colocava um maço de chapas na urna ou na linguagem da época "emprenhava a urna". Vencia as eleições o candidato que dispunha de maior número de capoeiras.
Frevo
O frevo nasceu quando a polícia pernambucana desbaratou as gangues de capoeiras que chutavam e abriam caminho para as bandas militares, furando o bumbo dos outros com o guarda-chuva(conduzido pelos capoeiristas pela necessidade de ter na mão como arma para ataque e defesa, já que a prática da capoeira estava proibida) que viria se tornar a sombrinha do carnaval de Recife, elemento complementar da dança, o passista à conduz como símbolo do frevo e como auxílio em suas acrobacias.
O frevo pernambucano figura, ao lado do maxixe carioca, entre as mais originais criações dos mestiços da baixa classe média urbana brasileira, no campo da música e da dança.
Os estudiosos do frevo pernambucano, embora discordando em vários pontos quanto a pormenores de sua história, são unânimes em concordar que a origem do passo (nome atribuído às figurações improvisadas pelos dançarinos ao som da música) se prendem à presença de capoeiras nos desfiles das duas mais famosas bandas de músicas militares do Recife da segunda metade do século XIX: a banda do 4º Batalhão de Artilharia, chamado o Quarto, e a da Guarda Nacional, conhecida por Espanha por ter como mestre o músico espanhol Pedro Garrido.
O costume dos valentões abrirem caminho de desfiles gingando e aplicando rasteiras sempre fora comum em outros centros urbanos, como o Rio de Janeiro e Salvador, principalmente nas saídas de procissões. No caso especial do Recife, porém, a existência de duas bandas rivais em importância serviu para dividir os capoeiras em dois partidos. E estabelecida essa rivalidade, os grupos de capoeiras começaram a demonstrar as excelências de sua agilidade à frente das bandas do Quarto e do Espanha, aproveitando o som da musga para elaborar uma complicada coreografia de balizas, uma vez que todos usavam bengalas ou cacetes da duríssima madeira de quiri.
Ao ritmo certamente marcial dessas bandas do Espanha e do Quarto (que partiria para o sul em 1865, quando da guerra do Paraguai), os capoeiras do Recife, além de começarem a transformar seu gingado em dança, improvisavam versos de desafio ao grupo rival. Existem atualmente um número incontável de passos ou evoluções com suas respectivas variantes.
Os passos básicos elementares podem ser considerados os seguintes: dobradiça, tesoura, locomotiva, ferrolho, parafuso, pontilhado, ponta de pé e calcanhar, saci-pererê, abanando, caindo-nas-molas e pernada, este último claramente identificável na capoeira.
A palavra é: frevo, derivada de ferver, por corruptela, frever, dando origem a palavra frevo, que passou a designar: "Efervecência, agitação, confusão, rebuliço; apertão nas reuniões de grande massa popular no seu vai-e-vem em direções opostas como pelo Carnaval", de acordo com o Vocabulário Pernambucano de Pereira da Costa.
Divulgando o que a boca anônima do povo já espalhava, o Jornal Pequeno, vespertino do Recife, que mantinha a melhor secção carnavalesca da época, na edição de 12 de fevereiro de 1908, faz a primeira referência a palavra frevo.
Festa de Arromba
Canjiquinha foi o criador da Festa de Arromba, jogada nas festa de Largo da Bahia. Nessas comemorações vários capoeiristas se reuniam e jogavam em troca de dinheiro e bebida.
"Vadiar"
Significa jogar por prazer, por diversão. Na época da escravidão a vadiação era o lazer dos escravos nas horas de descanso.
"Catinguelê"
É o nome dado a meninos que praticam capoeira.
Terno Branco
Antigamente, era de costume os capoeiristas trajarem terno de linho branco. Era considerado um bom jogador aquele que conseguisse sair da roda com o terno impecavelmente limpo.
"Crocodilagem"
É o nome dado a um jogo duro que submete ao capoeira a uma situação de inferioridade ou deslealdade.
Repressão
Decretado por marechal Deodoro da Fonseca o Decreto Lei 487 dizia que: A partir de 11 de Outubro de 1890 todo capoeira pego em flagrante seria desterrado para a Ilha de Fernando de Noronha por um período de dois a seis meses de prisão. Parágrafo único: É considerada circunstância agravante pertencer o capoeira, a alguma banda ou malta, aos chefes impor-se-á a pena em dobro.
Os capoeiristas costumavam usar calças boca de sino e no período em que a capoeira ficou proibida por lei (1890-1937) a polícia, para detectar os capoeiristas, colocava um limão dentro das calças do indivíduo. Se o limão saísse pela boca das calças, a pessoa era considerada capoeirista.
Em 1824, os escravos que fossem pegos praticando capoeira recebiam trezentas chibatadas e eram enviados para a Ilha das Cobras para realizar trabalhos forçados durante três meses.
3 de agosto - Dia do capoeirista
Uma lei estadual de São Paulo de 1985 instituiu o Dia do Capoeirista
Curiosidades
Dos 50 golpes bem aplicados da capoeira que Mestre Bimba ensinou, 22 eram mortais.
Em 1930, o famoso caratê não era conhecido na Bahia.
Mestre Bimba foi o Capitão da Navegação Baiana.
Mestre Bimba teve sua primeira escola de capoeira Angola, em 1918 com apenas 18 anos, obtendo apenas em 1937 o alvará da Academia de Capoeira Regional.
Segundo Mestre Noronha, os berimbaus em seu tempo, era uma arma maligna e mortal. A verga (o pau do berimbau), era usado como cacetete e a varinha servia para furar os olhos do adversário que tivesse má conduta. Na época em que a capoeira era proibida.
Segundo Luis Edmundo, nos fins do século XVIII, no Rio de Janeiro, as aventuras dos capoeiras eram de tal jeito que o governo, através da portaria de 31 de outubro de 1821, estabeleceu castigos corporais e outras medidas de repressão à capoeiragem.
Na Bahia, de acordo com Manuel Querino, os capoeiristas se distinguiam dos demais negros porque usavam uma argolinha de ouro na orelha, como insígnia de força e valentia, e o nunca esquecido chapéu à banda.
Os capoeiristas eram contratados pelos políticos para bagunçar no dia das eleições. Enquanto as pessoas desviavam a atenção para a confusão dos capoeiras um indivíduo colocava um maço de chapas na urna ou na linguagem da época "emprenhava a urna". Vencia as eleições o candidato que dispunha de maior n.º de capoeiras.
Milhares de capoeiristas foram para a Guerra do Paraguai, pois havia sido prometida a liberdade no final do conflito àqueles que participassem da batalha.
Mestre Bimba é o mestre da capoeira regional.
Antes do arame, o "fio" do berimbau era feito de tripas de animais
Histórico
A capoeira surgiu entre os escravos como um grito de liberdade. Os negros da África, a maioria da região de Angola, foram trazidos para o Brasil para trabalhar nas lavouras de cana de açúcar como mão de obra escrava. Segundo Menezes (1976), a vida dos negros trazidos da África de maneira forçada, brutal, consistia em trabalhar de sol a sol para os senhores portugueses que exploravam as riquezas brasileiras desde o descobrimento. Chegando a nova terra, (os escravos) eram repartidos entre os senhores, marcados a ferro em brasa como gado e empilhados na sua nova moradia: as prisões infectadas das senzalas. Os colonizadores agrupavam os africanos de diferentes tribos, com hábitos, costumes e até línguas diferentes, eliminando, assim, o risco de rebeliões. Os negros chegavam ao Brasil, depois de passarem dias empilhados em navios negreiros, trazendo como única bagagem suas tradições culturais e religiosas. O negro trouxe consigo suas danças e lutas guerreiras que de muita valia veio a se tornar para os escravos fugitivos.
Na África, mais precisamente na região de Angola, os negros lutavam com cabeçadas e pontapés nas chamadas "luta das zebras", disputando as meninas das suas tribos com a finalidade de torná-las suas esposas. Na ausência de armas, os negros buscaram nas danças guerreiras sua forma de defesa. Da necessidade de preservação da vida, surgiu a capoeira.
Tendo como mestra a mãe natureza, notando brigas dos animais as marradas, coices, saltos e botes, utilizando-se das manifestações culturais trazidas da África (como, por exemplo, brincadeiras, competições etc. que lá praticavam em momentos cerimoniais e ritualísticos), aproveitando-se dos vãos livres que aqui se abriam no interior das matas e capoeiras, os negros criam e praticam uma luta de auto defesa para enfrentar o inimigo .Com o passar dos tempos, os nossos colonizadores perceberam o poder fatal da capoeira, proibindo esta e rotulando-a de "arte negra", Santos (1998).
Em 1888 foi abolida a escravatura e com isso muitos escravos foram lançados nas cidades sem emprego e a capoeira foi um dos meios utilizados para a sobrevivência. Alguns ex- escravos passaram a ganhar a vida fazendo pequenas apresentações em praça pública, porém muitos deles utilizaram a capoeira para roubar e saquear. Os marginais brancos também aprenderam a nova luta com o convívio mais direto com os negros e introduziram na sua prática as armas brancas. Formaram-se verdadeiros bandos de marginais aterrorizando a população. Já em 1890 a capoeira foi colocada fora da lei pelo Código Penal da República, que dizia:
Art. 402. Fazer nas ruas e praças públicas exercícios de agilidade e destreza corporal, conhecidos pela denominação capoeiragem; andar em carreiras, com armas ou instrumentos capazes de produzir uma lesão corporal, promovendo tumulto ou desordens, ameaçando pessoa certa ou incerta, ou incutindo temor de algum mal: Pena: De prisão cellular de dous meses a seis mezes. (Barbieri, 1993, p.118).
Segundo Sodré (1983), as punições aplicadas eram reclusão na ilha Fernando de Noronha e castigos corporais, tais como chibatadas. Pessoas como o regente Feijó, Sampaio Ferraz e o major Vidigal foram os responsáveis para manter a ordem; tiveram pouco sucesso.
Segundo Areias (1983), os seus chefes foram encarcerados ou exterminados. Mas a capoeiragem continuou fazendo o seu trajeto.
A capoeira se espalhou pelo Brasil, porém foi nos estados da Bahia, Rio de Janeiro e Pernambuco onde se encontravam os maiores comentários entre o povo e a imprensa local. Apesar de reprimida a capoeira continuou a ser praticada e ensinada para as gerações seguintes. Em 1929 ocorreu a quebra da Bolsa de Nova Iorque e a conseqüente crise do capitalismo. O Brasil viveu um momento de ebulição das forças sociais.
Com a entrada de Getúlio Vargas no governo do país, medidas foram tomadas para angariar a simpatia popular, entre elas a liberação de uma série de manifestações populares. Para tal, Getúlio Vargas convidou Manoel dos Reis Machado, o mestre Bimba, para uma apresentação no Palácio do Governo. Temendo a popularização da arte - luta, Getúlio Vargas permitiu a abertura da primeira academia de capoeira, que teria um cunho folclórico. Após essa passagem, a capoeira perdeu suas características de luta marginal e vadiagem, visto que para freqüentar a academia de mestre Bimba os indivíduos eram obrigados a ter carteira de trabalho assinada.
Grande parte do que se sabe hoje sobre a capoeira praticada pelos escravos foi transmitido pelas gerações de forma oral, visto que "...a documentação referente a época da escravatura foi queimada por Rui Barbosa, Ministro da Fazenda no governo de Deodoro da Fonseca" (Sete, 1997).
Enfim, a capoeira ganhou a popularidade estimada por Bimba, e até os dias de hoje vem reunindo adéptos pelo país.
O significado de capoeira
Capoeiras eram áreas semidesmatadas onde os escravos treinavam seus golpes, e provavelmente veio daí o nome da luta. Seus golpes quase acrobáticos e com aspecto de dança muito contribuíram para enganar os senhores de engenho, que permitiam a prática, julgando-a como uma brincadeira dos escravos. Segundo Areias (1983), a dança, por sua vez, representada pela ginga, servia para disfarçar a luta dando-lhe um caráter lúdico e inofensivo. A capoeira serviu por muitos anos como instrumento de luta dos escravos.O berimbau e outros instrumentos
As rodas de capoeira são ritmadas pelo toque de instrumentos e pelas palmas dos capoeiristas.
O berimbau, que servia para dar rítmo ao jogo, também servia para anunciar a chegada de um feitor, ou seja, a hora de transformar a luta em dança. O jogo da Capoeira é acompanhado por instrumentos musicais, comandados pela figura máxima do berimbau, o qual dá o tom e comanda o ritmo para a execução das cantigas: Cantos Corridos ou Ladainhas .
Podemos encontrar em uma roda de capoeira, além do berimbau, pandeiro e atabaque e, menos comumente, o agogô e o ganzá. Atualmente não se concebe uma roda de capoeira sem o toque característico do berimbau, podendo no entanto, os demais instrumentos serem dispensados, afirma Menezes (197, p.14-5).
O berimbau dita o rítmo do jogo, é ele que comanda o toque a ser executado. A capoeira apresenta diversos toques que são executados de acordo com a ocasião.
Dentre eles é destacado:
Angola
É o toque de abertura, lento, onde o mestre da roda, aquele que toca o berimbau, inicia uma ladainha - saudação e os capoeiristas ficam esperando, ao pé do berimbau, a indicação para entrar na roda; o jogo de Angola é lento e rasteiro, servindo para os capoeiras mostrarem flexibilidade e malícia.
São Bento Pequeno
É o toque usado em demonstrações, onde os golpes são executados a poucos centímetros do alvo.
São Bento Grande
É o toque para jogo violento, onde se procura atingir o outro capoeirista, que deve estar muito atento e ter muita agilidade para não ser atingido. Amazonas: toque usado na chegada de um mestre visitante; é o hino da Capoeira.
Cavalaria
Esse toque antes fazia parte da comunicação entre o capoeira que estava de vigia e os que estavam jogando, indicando a chegada da polícia.
Iuna
É o toque que procura imitar o canto dessa ave; é usado para o jogo entre mestres de capoeira, ou então, no enterro de um deles.
Santa Maria
Toque fatalista, para jogo com navalha na mão ou no pé.
Benguela
Toque para jogo com pau.
Idalina
Toque para jogo de faca. Barravento: toque para jogo rápido, que exige grande velocidade de reação.
Cantos
Durante a roda são entoadas cantigas que, segundo Areias (1983), se dividem em dois tipos: cantos corridos e ladainhas.
A diferença entre o canto corrido e a ladainha está no fato de, na ladainha, sempre contar-se uma história, geralmente sem a resposta ou interferência do coro, que participa apenas no momento que o cantador acaba a história e entre no canto de entrada dizendo "iê vamos simbora/ iê é hora é hora" e assim por diante, até chegar na expressão "dá volta ao mundo". Já no canto corrido, o cantador não tem a preocupação de contar nenhuma história, as frases são ditas aleatoriamente, falando de assuntos diversos, e a participação do coro é imediata e necessária desde o seu início.
Durante a roda, os capoeiristas, que ficam de pé formando a roda, acompanham a cantoria com palmas. A única exceção são as rodas de Angola, onde os capoeiristas ficam sentado e não batem palmas, só começando a cantar quando acaba a ladainha.
Várias concepções da capoeira
Acredita-se que a capoeira pode e deve ser ensinada globalmente, deixando que o educando busque a sua identificação em quaisquer dessas enumerações que veremos a seguir. Caberá ao docente um papel relevante orientando e estimulando para que o discente possa aproveitar ao máximo toda a sua potencialidade.
Ribeiro (1992), concebe capoeira das seguintes maneiras:
Capoeira Luta
Representa a sua origem e sobrevivência através dos tempos, na sua forma mais natural, como instrumento de defesa pessoal, genuinamente brasileiro. Deverá ser ministrada com o objetivo de combate e defesa.
Capoeira Dança e Arte
A Arte se faz presente através da música, ritmo, canto, instrumento, expressão corporal e criatividade de movimentos. É também um riquíssimo tema para as artes plásticas, literárias e cênicas. Na Dança, as aulas deverão ser dirigidas no sentido de aproveitar os movimentos da capoeira, desenvolvendo flexibilidade, agilidade, destreza, equilíbrio e coordenação motora, indo em busca da coreografia a da satisfação pessoal.
Capoeira Folclore
É uma expressão popular que faz parte da cultura brasileira, e que deve ser preservada, promovendo a participação dos alunos, tanto na parte prática, como na teórica.
Capoeira Esporte
Como modalidade desportiva, institucionalizada em 1972, pelo conselho nacional de desportos, ela mesma deverá ter um enfoque especial para competição, estabelecendo-se treinamentos físicos, técnicos e táticos.
Capoeira Educação
Apresenta-se como um elemento importantíssimo para a formação integral do aluno, desenvolvendo o físico, o caráter, a personalidade e influenciando nas mudanças de comportamento. Proporciona ainda um auto conhecimento e uma análise crítica das suas potencialidades e limites.
Capoeira Lazer
Funciona como prática não formal, através das "rodas" espontâneas, realizadas nas praças, colégios, universidades, festas de largo e etc, onde há uma troca cultural entre os participantes.
Capoeira Filosofia
Entre muitos fundamentos, trás uma filosofia de vida que prega o respeito ao próximo e aos mais velhos, estes que por sua vez possuem um grau maior de sabedoria. Muitos são os adéptos que se engajam de corpo e alma criando dessa forma uma filosofia de vida, tendo a capoeira como símbolo e até mesmo usando-a para a sua sobrevivência.
CapoeiraTerapia
O esporte exerce um papel fundamental no desenvolvimento somático e funcional de todo indivíduo. Para o portador de deficiência, respeitando-se as suas limitações e capacidades, o esporte tem importância inquestionável.
A capoeira vem tendo destaque muito grande, não só como esporte, mas, no caso dos portadores de deficiência, ela atua, verdadeiramente, como terapia. Considerando sempre a etapa mental, cronológica e motora do indivíduo, propicia um desenvolvimento orgânico mais satisfatório, melhora o tônus muscular, permite maior agilidade, flexibilidade e ampliação dos movimentos. Auxilia o ajuste postural, bem como o esquema corporal, a coordenação dinâmica e, ainda, desenvolve a agilidade e força. Vale ressaltar que a capoeira proporciona a liberação de sentimentos como a agressividade e o medo, levando o ser humano a adquirir uma condição física mais satisfatória e um comportamento mais socializado.
A Capoeira hoje
Capoeira nas Academias A capoeira, antes treinada livremente pelos escravos, é agora treinada dentro das academias. A passagem dos campos de mata aberta para as salas das academias não foi a única modificação sofrida pela arte. Com a entrada da capoeira nas academias, algumas modificações ocorreram na capoeira dos escravos do engenho. Além de lugar fixo para o treinamento, foram implantados também horários para tal. Foi padronizado um uniforme que consiste em calça branca (representando as calças de saco que os negros usavam para a lida) e uma corda que deve ser amarrada na cintura da calça. Alguns grupos que praticam a capoeira Angola utilizam-se de calça preta. Os capoeiras, ou capoeiristas, agora se dividem em grupos que carregam um nome que normalmente representa a força negra nos tempos da escravidão.
Comumente, os capoeiristas representam o grupo, ao qual participam, com o símbolo gravado na calça. Esses grupos ou associações tem por objetivo expandir a arte da capoeira pelo país, alguns chegando até a levar a nossa arte para o exterior. A maioria dos grupos de capoeira convivem pacificamente, apesar de cada um interpretar a capoeira de uma maneira diferente (alguns trabalham a capoeira numa visão mais folclórica, outros a entendem mais como luta, uns dão maior ênfase a parte esportiva, outros valorizam principalmente a educação pela capoeira). Como prova do convívio de amizade entre os grupos, são realizados periodicamente encontros entre eles, que se reúnem com a finalidade de compartilhar conhecimentos.
Graduação e o Batizado
Nos tempos modernos, os capoeiras são graduados de acordo com os seus conhecimentos e com o tempo de prática nacapoeira. Cada graduação é representada por uma cor na corda, que é amarrada na calça do capoeirista. Cada grupo designa um conjunto de cores que irá representar as graduações. Os indivíduos entram para as aulas de capoeira, em seguida, começam um treinamento. Nesse período inicial eles são chamados de "pagãos", ou seja, eles não foram ainda batizados.
O batizado de capoeira representa o momento em que os indivíduos recebem a sua primeira graduação pelo grupo. Nesse dia eles deixam de ser pagãos, pois durante esse evento é costume entre os grupos dar um apelido ao capoeirista. O apelido é uma tradição desde os tempos que a capoeira era considerada uma arte marginal e os capoeiristas eram obrigados a usar codinomes para não serem identificados, mediante isto, serem presos pela polícia. O dia do batizado é um dia de grande importância para os capoeiristas, posto que, nesse dia realiza-se uma festa em que os novos capoeiras são apresentados a comunidade capoeiristica, jogam com outras pessoas e desfrutam da oportunidade de até conhecerem os mestres mais antigos.
Capoeira x Violência
O jogo de capoeira não possui mais características violentas, perdeu seu objetivo principal do tempo da escravidão, que era a luta pela liberdade. Numa roda de capoeira um jogador não tem como finalidade acertar, ferir, lesionar ou matar o outro jogador. O jogo de capoeira não passa de uma representação, simbolismo esportivo. Na realidade eles, os capoeiristas, são companheiros que querem brincar de capoeira, recrear. Eventualmente acontecem quedas, que são interpretadas como descuido por parte de quem caiu. Importante ressaltar que o jogo, só atribui este valor recreativo dentro das academias, ou seja, em seus próprios grupos. Em se tratando de rodas informais, jogos que acontecem em parques, ruas, praias, a capoeira às vezes, perde o seu atributo de lazer e encarna o seu valor de capoeira - Luta.
Rodas
Os capoeiristas se cumprimentam todas as vezes que entram ou saem de uma roda como sinal de respeito pelo companheiro. Fazem uma reverência também ao berimbau, pedindo e agradecendo proteção aos céus. Acontece também um outro tipo de encontro de capoeiristas chamado "roda de rua". Essas manifestações ocorrem livremente em praças, ruas e praias. As rodas de rua são gerenciadas por qualquer capoeirista, independendo da graduação que ele carrega, e são abertas para qualquer um que queira participar. Normalmente essas rodas são pacíficas, mas como elas são abertas para o público, alguns capoeiristas acabam querendo resolver suas rixas com outros capoeiristas nessas rodas, afim de demonstrar superioridade sobre qualquer aspecto.
Para iniciar o jogo da capoeira, os capoeiristas dirigem-se para onde estão os instrumentistas e agacham-se ao pé do berimbau" afirma Areias (1983, p.96). Durante a roda, que é comandada por instrumentos como o berimbau, o pandeiro e o atabaque, são entoadas cantigas que tem seu refrão repetido por todos os participantes da roda. Quem define as músicas e dita a velocidade do jogo é o tocador de berimbau. O ritmo começa lento e termina rápido, onde só os capoeiristas mais graduados devem jogar. Depois da roda, alguns capoeiristas optam por fazer exercícios de força, como abdominais, flexões de braço ou elevação em barra fixa. Outros treinam saltos acrobáticos, ou treinam golpes atingindo sacos de areia.
A aula
As aulas de capoeira são realizadas em salões abertos que podem ser espelhados ou não, o que facilita aos capoeiristas a observação de sua performance. As aulas são normalmente ministradas por capoeiristas de graduações elevadas, superiores, a maioria deles sem nenhuma formação acadêmica em Educação Física. "Existem vários métodos de ensino, e cada professor, cada academia, cada grupo alardeia que o seu é genuinamente original, é o melhor" (Capoeira, 1992, p.147).
Freqüentemente os capoeiristas acabam ministrando aulas exatamente iguais aos que seus mestres ministram. Na verdade, de uma forma ou de outra, todos se baseiam na "seqüência" e na "cintura desprezada" criadas por mestre Bimba, adicionados aos treinos sistemáticos e repetitivos entre duplas introduzidas pelo Grupo Senzala na década de 1960. Mesmo os que praticam e ensinam a capoeira angola, que originalmente não tinha métodos de ensino, utilizam variações adaptadas desses elementos didáticos.
Capoeira Angola, corresponde a capoeira original dos escravos. Geralmente encontra-se nas academias um programa de treinamento de duas ou três aulas semanais, chegando a ser encontrado nas academias sede de alguns grupos, treinamentos de segunda a sábado.
A duração da aula varia entre quarenta e cinco minutos a uma hora e meia. As aulas são divididas em quatro blocos: aquecimento; treino de golpes, quedas e movimentações individualmente; treinamento de seqüências em dupla; roda de capoeira. O aquecimento freqüentemente começa com uma corrida, seguida de seqüências de movimentos calistênicos e um alongamento. "Se alguém quiser aproveitar para malhar uma abdominal, uma abertura, um alongamento ou exercícios de elasticidade, tudo bem, mas não é esse o objetivo" (Capoeira, 1992, p.146).
Depois do aquecimento, o segundo bloco da aula corresponde ao treinamento dos golpes individualmente. As aulas começam com os movimentos mais simples, passando para os mais complexos e, posteriormente, para a combinação dos movimentos sequenciados. Esses movimentos compreendem os golpes, as esquivas e as quedas. O professor indica e executa o golpe ou a seqüência de golpes e os alunos os executam repetidas vezes e para ambos os lados. Durante a execução dos movimentos os alunos são observados e corrigidos pelo professor. Nos salões com espelhos os alunos podem observar a execução dos seus movimentos.
O terceiro bloco da aula corresponde ao treinamento das seqüências em dupla.. Nesta parte da aula os capoeiristas se encontram sujeitos a receberem os golpes dos companheiros, porém o risco é menor do que durante o jogo.
O treino em dupla se dá em forma de seqüências coordenadas. O professor dita exatamente o que deve ser feito e os alunos executam. Para os iniciantes, o professor apresenta uma seqüência de um golpe e uma esquiva; um dos capoeiristas executa um golpe enquanto o outro esquiva. Com o tempo de prática essa seqüência aumenta em número e variações de golpes, associados a floreios e saltos.
O jogo da capoeira é o momento que o capoeirista apresenta o que ele aprendeu durante a prática. Além de executar os golpes num jogo com um companheiro, entra em jogo um elemento novo, a surpresa. Não se sabe o que o outro capoeira vai fazer, os golpes já não são mais ditados pelo professor, por isso o capoeirista deve estar preparado e atento no jogo do outro para não ser atingido".

sábado, 30 de maio de 2009

EQUIPE QUE MINISTRAM AULAS NO CIA CAPOEIRA VOLTA AO MUNDO



ESTADO DO CEARÁ:


PROFESSORES: BANIN, CALANGO, MORENA, BOLA.

INSTRUTORES: PENOSO, CHICLETE, EVALDO.

GRADUADOS:BOB, SNOOP, FANTASMA, GAFANHOTO, CAFÉ, LÁLÁ, BOCHECHA E PELZINHO.

SUPERVISÃO: MESTRE CEARÁ

EQUIPE CIA CAPOIERA VOLTA AO MUNDO MESTRE CEARÁ


alunos graduados, monitores, instrutores, e educadores que ministram aulas na cia capoeira volta ao mundo.

esses ai são minha galera de fortaleza-CE,
fazer alunos é muito fácil, agora fazer discípulos e educadores não é tão fácil como parece eu tenho muito orgulho dos meus alunos pois eles sempre me orgulharam no trabalho com  a capoeira.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

MESTRE CEARÁ-CIA CAPEOIRA VOLTA AO MUNDO






MESTRE CEARÁ MINISTRAR AULAS DE CAPOEIRA A MAIS DE 20 ANOS, SEUS PROJETOS SÃO RECONHECIDOS EM TODO BRASIL E NO MUNDO. JA TEVE DIVERSAS HOMENAGEM PELO RECONHECIMENTO DO SEU TRABALHO E HOJE TEM UMA EQUIPE DE PROFESSORES QUE VEM AJUDANDO A DESENVOLVER EU TRABALHO NO BRASIL E NA EUROPA.

MESTRE CEARÁ-CIA CAPEOIRA VOLTA AO MUNDO



FRANCISCO ALOISIO TEIXEIRA FILHO (MESTRE CEARÁ)
REALIZANDO E PARTICIPANDO DE EVENTO NO BRASIL, NOS ESTADOS : CEARÁ ,RIO DE JANEIRO ,PARANÁ E SANTA CATRINA E BREVIMENTE NA AMÉRICA DO SUL E EUROPA

terça-feira, 10 de março de 2009

MESTRE CEARÁ FUNDADOR :CIA CAPOEIRA VOLTA AO MUNDO


CIA-Capoeira Volta ao Mundo
MESTRE CEARÁ E SEUS ALUNOS DOS ESTADOS:CEARÁ, PIAUI, PERNANBUCO, SANTA CATARINA, PARANÁ E SÃO PAULO.
fundarão a CIA CAPOEIRA VOLTA AO MUNDO.
Capoeira do Brasil tem o prazer e a honra de anunciar em primeira mão o nascimento da Capoeira Volta ao Mundo"
CIA-Capoeira Volta ao Mundo é uma entidade nacional de direito privado voltada à prática cultural e desportiva da Capoeira, que se propõe a congregar ligas regionais, academias, associações e grupos de Capoeira, além de outras entidades, bem como os capoeiristas, em torno de torneios, festivais, simpósios, seminários, copas e campeonatos de Capoeira. Propõe-se ainda a preservação das tradições e valores culturais da Capoeira, a promoção e fomento de estudos e pesquisas referentes ao mundo da Capoeira. Nasceu da necessidade de se criar um espaço livre e democrático, cultural e desportivo de capoeira, que aceite a diversidade existente na capoeira e respeite a identidade de cada grupo e agremiação de Capoeira.