terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

CIA VOLTA AO MUNDO DE SANTA CATARINA- MESTRE CEARÁ E EQUIPE


Domingo, 25 de Novembro de 2007

Mestre Ceará e sua turma em SC.


Turma do Mestre CEARÁ em Chapecó - CIA VOLTA AO MUNDO.
Postado por marcio às 07:30 0 comentários
Domingo, 15 de Julho de 2007

capoeira na net...

CURSO DE CAPOEIRA MESTRE CEARÁ EM XAXIM-SC
O curso de Capoeira promovido pela Escola Comunidade Brasil, na cidade de Xaxim, SC, foi ministrado pelo Mestre Ceará, professores e graduados da CIA CAPOEIRA VOLTA AO MUNDO. O número de participantes foi um dos mais representativos, contando com a presença de crianças, adolescentes e adultos. O apoio institucional da prefeitura deste município foi fundamental; representantes da cultura e do esporte tornaram o curso um belíssimo encontro de capoeiristas. Mestre Ceará ensinou capoeira dando ênfase na construção da cidadania, levando sempre em consideração os portadores de necessidades especiais e valorizando a participação infantil nesta arte. Foram abordados temas como: maculelê, samba de roda, táticas de jogo, acrobacias e esquivas.
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Encontro Brasileiro de Capoeira
em Curitiba PR
A escola de Capoeira Comunidade Brasil, de SC, marcou presença no evento realizado em Curitiba com a supervisão de Mestre Ceará. Capoeiristas de diversos estados, incluindo Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Ceará, realizado neste dia 15 de julho, um encontro de aprendizado e muito jogo. A participação de Mestre Sergipe engrandeceu o evento. Na programação estavam contidos um aulão aberto pela parte da manhã, batizado e roda na parte da tarde. A EQUIPE DA CIA VOLTA AO MUNDO-SC foi representadas pelo professor Cascata, graduados Babuíno, Onix, Arame, e alunos; também fez parte do coletivo o graduado Aritana do grupo Beribazu... Um dialogo aberto acerca da prática da Capoeira com o Mestre Sergipe e Mestre Ceará para com todos os participantes: foi a capoeira do oeste catarinense.
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IMÁGENS... Mestre Ceará, Mestre Sergipe e Babuíno. Professor Cascata no aulão da Comunidade
Professor Cascata no samba de roda Aula de maculelê ministrada pelo Mestre Ceará______________________________________________________________________
CAPOEIRA: Na volta que o mundo deu Patrimônio cultural brasileiro, a Capoeira, ou o ato de capoeiragem, vem se desenvolvendo ao longo de séculos. Não é possível conhecer a história de nosso país, desde a colonização portuguesa até esta requintada colonização econômica que vivenciamos hoje, sem levarmos em consideração as práticas afro-indíginas. Conforme trabalho científico editado pela universidade de Coimbra, a “Capoeira é algo singular; é um mundo ímpar onde a expressão cultural é a vida em sua mais profunda manifestação”.Trabalhos acadêmicos de diversas ordens e de diversas partes do globo tem descrito de forma muito clara aquilo que vivenciamos diariamente. O espetáculo de um jogo, uma arte, uma luta e uma dança; ou, para sintetizar as múltiplas definições: a livre expressão que contribuiu para o desenvolvimento do Brasil, independentemente das moedas e suas cotações.A prática da Capoeira, sendo singular manifestação de um povo, possui ramificações que fazem desta um emaranhado cultural. Sua especificidade enquanto arte marcial (entre outras definições) deve-se ao fato de ser conduzida por um ritmo melódico; os praticantes, no embalo de cadências sonoras, possuem um mundo próprio simbolizado no círculo a que chamam de “roda de Capoeira”. E é esse mundo do capoeirista que abordaremos neste ensaio, enfatizando sempre, a diversidade terminológica e o sentido conceitual contemporâneo da Capoeira.
Graduado BABUÍNO, Chapecó - SC.
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Falando de Capoeira
Uma das grandes dificuldades de permanência de novos alunos nesta área de conhecimento é decorrente das falácias que estigmatizam o cotidiano das rodas de Capoeira. A afirmação nada verdadeira de que o praticante deve entrar na roda e assumir um desafio a qualquer preço, não passa de mentira induzido por um aspecto de violência e falta de consideração pela prática cultural. Aprender Capoeira significa entrar em um mundo de conhecimento vasto e quase isento de limites; todavia, não podemos confundir-nos e deixar propagar a idéia, de que o praticante de Capoeira hoje é uma pessoa que luta por sua vida dentro de uma roda: não estamos mais no período colonial, onde o negro, a cada instante, poderia investir em uma luta física para manutenção de sua vida. O capoeirista contemporâneo, usufrui desta arte e até mesmo desta luta, com um caráter de propagador cultural; um atleta; um músico; um dançarino; um agitador cultural. Porém, jamais utiliza-se da Capoeira para a resolução de questões que dizem respeito somente a um código de leis estabelecido e consagrado. É necessário, não apenas para o capoeirista, mas para o cidadão brasileiro, entender e propagar a idéia de que a Capoeira é, acima de muito, uma arte secular, e, que seu desenvolvimento positivo depende de sua utilização; o primeiro passo neste caso é não confundir e não defini-la erroneamente: conceitualiza-la por analogia é algo que precisa ser interrompido. Ou propomos uma nova definição, ou tomamos todos os cuidados para defini-la segundo uma tradição; ai, portanto, requer minimamente um conhecimento histórico filosófico acerca destas questões, o que impossibilita qualquer praticante iniciante de criar conclusões precipitadas. A roda de Capoeira não é uma arena onde se aposta a vida. Os praticantes podem muito bem, e além de poder eles devem, prezar por sua integridade física e psicológica como pessoas livres que usufruem de todos os direitos concernidos aos cidadãos. Aceitar desafios que coloquem em risco sua saúde, ou seja, ter relações de jogo com pessoas que possam lhe causar lesões físicas, seria algo aceitável somente por praticantes com algum distúrbio mental. Neste caso, qualquer capoeirista de sã consciência agirá segundo regras que lhes garantam um integridade e isentem-no de todas as ações que possam vir a atravancar-lhe o desenvolvimento singular de conhecedor e praticante desta arte. Para sintetizar o exposto, seguimos a esteira de Vicente Ferreira Pastinha, um dos grandes nomes da Capoeira. A violência nas rodas é puro pretexto para uma comunidade voltada ao ato do consumismo. O bom lutador, segundo este insigne mestre, é aquele que mostra que poderia se apoderar fisicamente de seu oponente, mas, que faz-se vencedor apenas dando a conhecer pelo vencido através de um movimento corporal. Ou seja, mostrar que poderia bater mas que não o fez apenas para garantir a saúde e o respeito a seu oponente. O bom praticante de Capoeira sabe que, mais que um oponente em uma roda, ele tem um 'camarada'; alguém com quem pode cantar, tocar instrumento, usar de malandragem. É visível que existe uma impossibilidade de compartilhar todas estas questões de entretenimento, como dito, de dança, música, malandragem, e, no final, da brincadeira e do jogo, agredir outra pessoa causando hematomas em sinal de imposição de poder. Já vivemos saturados e sufocados pela micro-física quase invisível do poder. A roda da Capoeira não necessita desta relação atrofiadora que está assolando grande parte de seus praticantes. Um dos argumentos mais pejorativos neste mundo encantado da Capoeira é de que o Capoeirista é um lutador como qualquer outro praticante de arte marcial oriental. Nada disso. A Capoeira é singular; tem um caráter de desenvolvimento social que a diferencia e projeta-a longe das outras: a roda de Capoeira não é uma luta assumida, como as lutas orientais, onde, pré-estabelecidamente, cada um dos praticantes sabe qual é sua finalidade. Com a Capoeira é diferente. O praticante tem intuito fundamental de diversão, aprendizagem e exposição de malandragem. Isso tudo deixa claro que a questão da luta não está em primeiro plano em uma roda. Um aprofundado estudo antropológico poderia provar o contrário. Todavia, o que se tem de material publicado, apenas reforça o seguinte enunciado: o capoeirista usava de suas técnicas corporais, ao longo de sua história de libertação, para com outras pessoas, alheios a seus movimentos. O próprio ingresso de mestre Pastinha na capoeira se deu dessa forma. Ensinaram-lhe Capoeira para defender-se dos ataques de um menino que não entendia da arte. Assim, a questão da luta da Capoeira pode ser resumida no confronto entre duas pessoas, em que, uma ou até mesmo ambas fazem uso de técnicas utilizadas na pratica da Capoeira, independentemente de uma roda ou de música. Qualquer pessoa, conhecendo arte marcial ou não, pode fazer uso de seu corpo para agredir ou defender-se de agressões, montando assim, uma seqüência de movimento que podem ser entendidos como “luta”. A arte da Capoeira está além disso.O capoeirista esta munido de técnicas corporais que lhe permitem utiliza-la na forma de luta, mas, somente o fará, se for de sua vontade, e jamais por determinação desta. A defesa pessoal é fundamental para qualquer cidadão. E a prática da Capoeira sem dúvida contribui para isso, munindo o praticante com golpes mirabolantes e perigosos no contato com outras pessoas; mas isso não justifica a ação violenta e pejorativa da pessoa que se intitula lutador de Capoeira para com membros da sociedade em geral. Sempre podemos ser bons lutadores, jogadores ou simplesmente cidadãos, sem precisar faltar com respeito nem causar lesões a outros; saber utilizar a luta na hora certa, da dança e do jogo em locais e hora própria é ter a certeza de contribuir para o livre desenvolvimento de nossa filosofia de vida, de nossa Capoeira.
Professor Cascata, Chapecó - SC.

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