quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Capoeira é aliada no tratamento de deficientes físicos em S. José

São José dos Campos
Entidades de São José dos Campos que cuidam de portadores de deficiências múltiplas estão adotando a capoeira como método alternativo de tratamento para seus pacientes. O projeto "Capoeira para Pessoas com Necessidades Especiais" desenvolvido há seis anos pelo grupo Caxinguelê atende a oito instituições e cerca de 110 alunos na cidade.

O exercício, além de melhorar a coordenação motora e as condições musculares dos alunos, ainda promove a socialização e desperta a auto-estima, segundo análise de especialistas.

Na Comunidade Francisca Júlia, onde 40 pessoas praticam capoeira, foi possível reduzir a quantidade de medicamentos por conta da melhora nas condições psíquicas dos pacientes.

"É claro que não há como substituir os remédios porque existe um problema neurológico. Mas a capoeira ajuda na recuperação do paciente e faz com que o cérebro saia da letargia e seja obrigado a aprender", explicou a professora de educação física do hospital, Zélia Cristina dos Santos.

A capoeira tem efeito diferenciado para cada tipo de deficiência, de acordo com o professor Marcelo Ribeiro dos Santos, o Marajó, que cooderna o projeto com um grupo de mais 11 amigos.

Segundo ele, no caso dos deficientes visuais, por exemplo, a intenção dos exercícios é desenvolver o tato e a percepção do som. Nos que possuem problemas mentais, o objetivo é melhorar a coordenação motora.

AMIZADES - Na Sorri de São José, o paciente Hermes Arruda, 34, que possui deficiência mental leve, explica que a capoeira estimula o corpo e o ajuda a fazer amizades. "Fiquei mais animado e mais rápido no trabalho também. A capoeira não faz mal e praticar esporte é saudável", confirma.


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